Impossibilitados de trabalhar há cerca de três meses, devido à crise hídrica que atingiu o Rio Madeira, os 128 portuários e estivadores avulsos do Porto de Porto Velho receberam, nesta segunda-feira (25), mais uma remessa de cestas básicas entregues pelo governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Assistência e do Desenvolvimento Social (Seas), com a proposta de amenizar os impactos financeiros enfrentados por eles. A entrega aconteceu na sede da Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia (Soph), em Porto Velho.
A primeira remessa ocorreu no dia 9 de outubro, e uma terceira foi confirmada para o mês de dezembro, pela secretária da Seas, Luana Rocha, que acompanhou a distribuição juntamente ao diretor-presidente da Soph. Na oportunidade, Luana Rocha destacou a preocupação do governo em mitigar os efeitos da seca, com a distribuição de cestas básicas e outros itens necessários, como água potável e produtos de higiene entregues recentemente também aos ribeirinhos, indígenas e extrativistas.
“Apesar do rio estar normalizando o nível, esses trabalhadores ainda não estão podendo voltar às atividades. Por isso, estamos entregando as cestas para amenizar a situação deles, e antecipamos que em dezembro, possivelmente dia 20, faremos nova entrega para que possam ter um Natal mais digno com suas famílias”, afirmou a secretária da Seas, completando que a cesta é completa para que os trabalhadores possam ter suas necessidades básicas atendidas até o retorno das atividades.
O diretor-presidente da Soph, Fernando Parente, salientou que, desde meados de junho, os portuários e estivadores vêm enfrentando dificuldades e isso fez com que o governo do estado se voltasse para eles, com um olhar social, para que tenham as necessidades básicas atendidas, citando ainda, que a gestão estadual vem trabalhando junto aos demais dirigentes de portos para avaliar os impactos e buscar soluções até que as atividades do Porto de Porto Velho sejam retomadas.
Com mais de 30 anos atuando no Porto, Augusto Barreto, afirmou que todos os anos enfrentam dificuldades com a seca, mas que neste ano ocorreu de forma mais acentuada, sem previsão de retorno das atividades, por isso, considera como um alento as cestas básicas entregues pela Seas.
Outro portuário, Manoel do Socorro, disse que, os produtos recebidos seriam consumidos ou utilizados por ele, a esposa e os quatro filhos. “Esta cesta é bem-vinda para nós, pois só vivemos da atividade portuária, e com o rio seco, nada podemos fazer. Ficamos na dependência das ações sociais, por isso somos gratos.”
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